Relaxa, não é mais um texto com ares infantis que discorre sobre o uso da imaginação para te levar a qualquer lugar do mundo ou coisa parecida. Também aprecio o
para-sempre-glorioso Einstein quando diz que a imaginação
é mais importante que o conhecimento, mas ainda me sinto mais segura para falar sobre o que é concreto.
Trata-se de comportamento. De modo pessoal, de como e quando interagir, do meu direito de fazer o que me faz bem de diferentes maneiras, desde que não faça mal a outra pessoa.
Não tenho e nunca tive um temperamento muito constante. Não sou aquela pessoa que se pode qualificar com os mesmíssimos adjetivos todos os dias, sem me tornar menos autêntica.
Posso ser meiga, carinhosa, romântica, frágil, prestativa, paciente e em seguida ser quase inteiramente racional, determinada, fria, preguiçosa. Vivo assim com
sinceridade (esse daqui eu faço questão de carregar comigo o tempo todo).
Posso ser extrovertida, criança muleca, falar um montão de bobagem só porque me deu vontade de parecer idiota e depois ser irreconhecivelmente tímida ou falar dos escandalosos cartões corporativos.
Ligo para o maior número de amigos possíveis para organizar um programinha de manhã e a noite recuso qualquer convite só para assistir sozinha a um bom filme. Conquisto tua companhia hoje e amanhã te digo que prefiro ficar com minhas introspecções.
Por que isso acontece? Personalidade ainda não formada ou Transtorno bipolar? Eu não sei. Só não venha com "Aaah, mas isso não é normal" se não souber me dizer clara e detalhadamente o que é ser normal, para aí eu ver se me enquadro no perfil ou não.
Num dia triste, não tenho que me esforçar para abrir nenhum sorriso amarelo só para você não me achar antipática. No meio de tantos rótulos, simulações, etiqueta e aparências, só quero ser livre para ser pateta ou intelectual, comunicativa ou inibida.