Leia-me sem a pretensão de me decifrar...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Vambora Recomeçar!

Viva! Hoje voltei a correr!
Tá, vai.. caminhei bem mais que corri- não tava afim de ter um ataque cardíaco, né? Já basta a dor de cabeça, falta de fôlego e sensação de que minha circulação sanguínea e linfática não estavam correndo bem...



Mas vamo lá, devagar e sempre que a tartaruga acaba vencendo a lebre!



Há uns anos, no colegial, já fui super atleta. Jogava handebol, vôley, basquete, carimba, ping pong e ainda arriscava perder as canelas no futsal. Quando não tava treinando, tava dançando em frente ao espelho. Os que introduzem atividade física como um hábito sabem que a gente sente falta mesmo de exercitar-se.
Só que aí fui me acomodando, usando um pouco o estudo como pretexto e quando me dei conta, tinha incluído o ócio na minha lista de melhores amigos.

Mas graças a meu bom Deus e ao Santo Espelho, ainda me restaram consciência e bom senso. Então, lá vou eu recomeçando mais uma vez em busca de recuperar a maior disposição, o bem-estar físico e todos os benefícios em movimentar-se!

sábado, 23 de maio de 2009

Breve relato de Merenice

Merenice andava se sentindo só nos últimos dias. Sábado a tarde, disca uns números da agenda telefônica e chama as amigas(?) pra sair e dançar um pouco. E lá vão elas se esbaldar na pista, numa noite regada à vodka, azaração, subidas ao palco, e avaliação do visual de quem estivesse sob luz estável.
Merenice reviu uns colegas do tempo de colégio, nem sabe quantos beijos deu, aproveitou a noite até ficar quase sem voz... é, ela se divertiu.
Merenice acordou no outro dia com dor de cabeça e se sentindo só mais uma vez. Ela estava só. Mais uma vez...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

\o/ Sou blogueira! /o\

Hoje uma colega me falou que manter esse blog é pura perca de tempo (talvez ela ache que bisbilhotar o orkut da galera seja bem mais proveitoso =P). Uns amigos gostam, e numa tentativa de aniquilar minha indecisão sobre a carreira profissional, até já me aconselharam cursar jornalismo (ótimo, mais uma carreira a ser pensada na minha lista). Minha mãe vive reclamando do tempo que passo no PC; acha que deveria me engajar em algo "de futuro". Lá vem o papo do popular futuro...
Tá, eu sei que não dá pra ficar toda madrugada aqui... talvez fosse melhor mesmo ir para uma boa noite de sono e acordar cedinho pra trabalhar e tentar montar o alicerce do tal futuro. Mas depois de algum tempo, pensar causa dependência. E escrever parece aliviá-la. Eu preciso disso, é fato.
As vezes pareço viver num submundo distante de onde vivem meus colegas blogueiros. Onde estou, só o trabalho e o que gera renda vale a pena, tudo o mais é desperdício de tempo. Não entendem que os comentários, os debates e tantas trocas de informações nos enriquecem e movem a blogosfera.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Você sabe?

Ontem tive a tremenda sorte de não encontrar meu pai grudado na TV a cabo e pude assistir à entrevista do no programa da Marília Gabriela. É desnecessário citar todo o seu grau de eloquência (isso ainda é acentuado?), talento, bom humor e humildade quando se trata dele: é Soares e ponto. Mas do que mais gostei e até me identifiquei, foi com sua frase final. Simples, de muito bom gosto e bem a sua cara, era algo parecido com "a melhor maneira de parecer que sabe é continuar sempre aprendendo". Já pensou nisso?

Já li em algum lugar (que graças à minha memória de 1byte, ñ lembro onde) algo que tinha uma ideia de que existem dois conceitos sobre nós mesmos: o que nós achamos que somos e o que somos realmente. Nos conhecer pode ser muito mais difícil do que pensamos ser. Sem perceber podemos nos conceituar e esquecer de nos mobilizar, enchendo a boca pra falar de valores que na verdade nem temos. Por isso a humildade é tão essencial para que saibamos admitir que é possível aprender sempre.
Talvez a sua sabedoria só pareça e não seja...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Saudosos Amigos...

Aos treze anos, quando li o Um dia a maioria de nós irá se separar de Vinícius de Moraes, não contive a emoção. Mas no fundo, achava que essa separação só dependeria de mim mesma. Achava que continuaria a ver meus companheiros de classe sempre que quisesse pra relembrar os jogos dos interclasses ou as travessuras nos corredores do colégio. Achava que tanto tempo passado juntos, não poderia ser só coisa de menino que ficaria no passado junto com a minha idade.

Hoje encontrei na estante minha agenda da sexta série. Na contracapa, escrito com minha quase irreconhecível letra: "As pessoas entram em nossa vida por acaso, mas não é por acaso que ela permanecem (Lilian Tonet)". Parei um pouco. Não lembro de ter pensado nisso antes. Talvez tenha colocado porque gostava mesmo de frases feitas e queria aprender com elas, mas lendo-a hoje, vejo que sou testemunha de Lilian. Que falta me fazem algumas pessoas que dividiram comigo tão bons momentos e hoje só tenho um aceno de mão ou um e-mail, quando tenho. Aí alguém vem e me diz: Assim é a vida. Mas por que tem que ser assim?

Não reclamo das maiores responsabilidades desse início de vida adulta e nem do distanciamento natural de cada um que segue seu caminho. Isso é absolutamente natural, as pessoas mudam sim, eu entendo. O que me intriga e entristece é não ver mais a união que via em meus amigos antes, a vontade de só querer curtir uns aos outros e nada mais.

Quero de volta a alegria do estar junto, o brilho dos meus olhos a cada reencontro com um amigo e o bem que um abraço apertado me faz.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

O Estrelato dos Anônimos


Já notou o quanto existem pessoas pertinho de você que só querem viver cada dia quietinha no seu canto? Basta fazer o seu trabalho, ver sua família, rir um pouco com um vizinho ou mesmo com o bicho de estimação e ir dormir para esperar tudo outra vez ao despertar.

Quando têm chance de expressar seu ponto de vista num bate-papo casual, só o faz se os ouvintes forem do tipo coniventes inseguros, porque se houver chances de algum rebate discursivo, o silêncio sempre é preferível.

Temem expor-se para evitar qualquer debate que possam proporcionar-lhe crescimento pessoal (já que são as diferenças e não as afinidades que mais nos ensinam).
Tenho identificado tanto esses comportamentos nesses últimos dias que chego a entristecer.

Quando se deparam com uma situação que discordam, no máximo torcem a boca num gesto de insatisfação. Alguns minutos depois, comentam com alguém que nem presenciou a situação, cheios de arrogância e de "se": se tivesse acontecido num dia que eu não estou tolerante... se tivesse falado diretamente comigo... ou se não fosse no meu horário de trabalho. Tudo papo furado. Tudo não passa de uma vaidade de um caráter que não existe. Falam, falam e falam, e nada mais.

Se distanciam de desafios porque preferem a comodidade da rotina, mas estão sempre atentos à conduta daquele primo que largou a faculdade de direito pra tentar artes cênicas ou da filha do prefeito que não tem medo de falar o que pensa para o jornal da cidade.

Julgam os que tem coragem de dar a cara a tapa e não admitem ser julgados, ou ainda, julgam justificando: - Ah, vivem falando de mim. Se eles falam porque eu não vou falar?
Patético. Inacreditável ainda existirem tantas mentes seguindo o comportamento refletivo, aquela frase parva de orkut declarada com todo orgulho: a minha educação depende da sua.

Do anonimato e não da fama, como a mídia tanto gosta de ostentar, é que as pessoas gostam. O poder fazer sem pensar e sem ser muito notado evita críticas, e ganha-se tranquilidade por um ato de covardia.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Palavras

Hoje a criatividade não bateu à minha porta e nem vou fazer o mínimo esforço para estruturar o texto de maneira coerente.
Hoje só tô a fim de expressar pensamentos soltos.
Tava lendo Você Aprende de Shakespeare, e só agora venho perceber o poder que as palavras têm (ou talvez até já tenha pensado nisso, mas como minha memória não é a melhor parte do meu corpo, digamos que só hoje pensei nisso mesmo).

A palavra pode encorajar, conscientizar, enriquecer nosso acervo de conhecimento, surpreender, desmotivar, emocionar, comover, enfim, despertar uma série de sentimentos. Quem a domina se comunica melhor, tem mais facilidade e chances de persuadir e vencer debates. Não garante sucesso pessoal ou profissional porque somos exigidos demais pelo o próximo, pela concorrência, e por nós mesmos.

Aqui neste espaço, a palavra talvez não acrescente nada a quem por ventura vir a lê-la. Só serve a mim, como uma tentativa de aliviar minha cabeça que ainda resiste ao ócio. Antes não resistisse e me desse a oportunidade de não pensar e viver por instinto.