
Estamos ocupados para nos olharmos nos olhos, para ajudar alguém que nos pede tão pouco e que, quem sabe, queira mesmo só comprar um almoço. Isso porque acreditar facilmente na palavra de alguém chegou a ser ingenuidade. O natural é tacha-lo de malandro.
Estamos com nossa paciência esgotada para ter saco de escutar mais uma história de vida daquela senhora que tanto gosta de ser prestigiada ou para perceber a existencia de ilhas de isolamento em nosso meio. Estamos ocupados para notar o outro.
Nossa vida chega a confundir-se com um conjunto de tarefas a serem cumpridas. Há momentos em que, dar atenção a um texto assim, parece mais sinal de auto-ajuda. E isso é para os fracos.
Afinal, o tempo voa, o tempo é dinheiro, não dar para desperdiça-lo assim, com tolices...