Já faz algum tempo que deixei de formular conceitos, numa tentativa de por a vida em ordem ou de inventar receitas para dias melhores. Tenho horror a voz sem gestos.
Mas sabe de uma um assunto 'para-la-de-repetido' que não me sai da cabeça hoje? O tal do valor da amizade.

Tá... longe de ser novidade eu vir aqui para escrever sobre isso. Mas estava ouvindo Filtro Solar e vim depois do trecho: Entenda que amigos vêm e vão. Mas nunca abra mão dos poucos e bons. Então me dei conta de que meus melhores amigos, não são necessariamente os mais próximos. Não acredito abri mão.

Por culpa dos nossos caminhos distintos, dos nossos novos interesses, pelo desenrolar natural dessa danada de vida e, principalmente, por culpa minha. Por escolhas mal feitas, vi que aquele que foi meu melhor confidente, hoje só compartilha comigo um sorriso acompanhado de um sem-graça "tudo bem", e nem sei dizer como ou porque convivi com outros que(...).

No minimo, isso é bem curioso. Simplesmente não paro de me descobrir.
Decepções fazem parte, claro, assim como a retomada das rédeas para voltar para o caminho que leva a algo tão simples e ao mesmo tempo tão essencial.

Disse, e agora cito:

"O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

(Guimarães Rosa)

A palavra é coragem.